Teologia & Vida
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quarta-feira, 29 de novembro de 2023
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segunda-feira, 6 de novembro de 2023
Orando por Israel e pela Palestina também!
Por Roney Cozzer
A consciência cristã deve nos conduzir ao amor e ao ato de intercessão que não se condiciona a uma preferência étnica ou nacional. Essa consciência me move a orar pelo outro, pelo que sofre, seja ele israelense ou palestino. Numa guerra, ambos os lados cometem crimes de guerra, e ambos os lados sofrem terrivelmente, sobretudo a população civil e as crianças.
O Dispensacionalismo, no Brasil, prestou um enorme desserviço à mentalidade do povo cristão evangélico, intencionalmente ou não (Deus o sabe). Ele serviu para fomentar aquilo que tenho chamado de "xenofobia invertida". Instalou-se uma espécie de devoção ou mesmo idolatria ao povo israelense em função da leitura de determinados textos bíblicos que aludem a um Israel que nem existe mais, e ao custo de considerar questões de fundo histórico e político.
Como se sabe, a xenofobia é o preconceito contra outras etnias e povos. E por vezes ligada ao nacionalismo. Mas no caso dessa "xenofobia invertida" que se observa no universo evangélico, ocorre algo bizarro: valoriza-se e exalta-se uma nação que não é a sua e com a qual, por vezes, não se mantêm nenhum tipo de laço étnico ou mesmo cultural. É bizarro e até cômico, mas tornou-se uma prática comum em cultos evangélicos e nas mídias sociais de evangélicos!
É comum ver pessoas que não possuem a mínima identificação cultural, histórica e étnica com Israel defender a nação e exaltá-la sobre outros povos por um viés religioso. E nessa esteira, árabes e muçulmanos são demonizados e por vezes vistos como os vilões da história a serem vencidos pelo "povo de Deus".
Precisamos construir uma consciência que se paute pelo valor à vida, pelo amor à paz e ao respeito a todos os povos. O evangelho nos nivela. O evangelho ama a justiça e a imparcialidade. Em Cristo não há judeu, grego, bárbaro, escravo ou livre. Somos um só nele, e perante ele, há povos de todas as tribos e nações, como se pode ler no livro das Revelações.
Lembremos que o mesmo Deus antigotestamentário que escolheu o povo hebreu é o mesmo que desejou salvar a ímpia cidade de Nínive. E de fato a amou e a poupou do juízo! É também o mesmo Deus que escolheu uma moabita para ser a ascendente do rei Davi e do próprio Jesus. E esse mesmo Deus precisa ser lido através do evento Cristo, o ponto alto da Revelação divina. Jesus derrubou as barreiras de separação entre dois povos (Ef 2), e esse mesmo Jesus nos convida hoje a amar as pessoas, não por sua nacionalidade ou orientação religiosa, mas por serem pessoas, por serem humanas, e porque amar é um exercício que nos humaniza.
terça-feira, 31 de outubro de 2023
O papel do Diretor escolar
Por Roney Cozzer
O Diretor (ou Diretora) de uma unidade de ensino educacional é um elemento central para o seu bom funcionamento, e o oposto também é verdadeiro! O trabalho do Diretor é variado, requer muito comprometimento, capacidade de liderança e habilidades socioemocionais. Com efeito, o ambiente escolar possui suas demandas e desafios próprios que podem exigir muito do gestor educacional.
O Diretor escolar é um gestor, e por isso mesmo ser bem usual, atualmente, referir-se a esse ator educacional como gestor escolar. E gestão pressupõe administração de pessoas e de recursos. Ele precisará conhecer bem os profissionais envolvidos, os espaços físicos, os recursos disponíveis (e a falta deles) e a comunidade escolar.
O gestor educacional não deve estar alheio aos processos institucionais inerentes à unidade escolar. Deve manter-se atento a esses processos, para que tenha condições de intervir, quando necessário, e trabalhar para melhorá-los e otimizá-los. Noutras palavras, ele precisa estar plenamente integrado ao funcionamento da escola.
Um cuidado muito importante que ele precisará ter é no sentido de realmente promover a participação ativa e significativa da comunidade escolar, evitando assim a centralização da liderança, ainda que isso não signifique, necessariamente, a anulação da sua autoridade e autonomia no exercício da liderança na gestão. Ele deve trazer para a tomada de decisões as instâncias colegiadas da escola e os parceiros da gestão, como o Vice-Diretor e Pedagogo. Essa tomada de decisões que é feita pela gestão junto aos demais membros da comunidade escolar (professores, alunos, pais e responsáveis e outros) contribui para que se efetive uma gestão que é, de fato, democrática. E democracia pressupõe participação coletiva.
Esse modelo de gestão democrática vem tomando o lugar da gestão centralizada e centralizadora porque a escola, como unidade educacional, pauta-se por princípios que estão aliados à missão da Educação em nosso país, e um desses valores é a democracia. Uma liderança que é centralizadora jamais poderá ser, ao mesmo tempo, uma liderança democrática, que inclui e acolhe a participação de diversos atores educacionais.
domingo, 22 de outubro de 2023
sábado, 21 de outubro de 2023
📚 As quatro instâncias colegiadas e suas respectivas funções
Por Roney Cozzer
As instâncias colegiadas são fundamentais para que se estabeleça, na unidade escolar, a gestão democrática. Elas dão voz e representativa aos membros da comunidade escolar, a saber: alunos e suas famílias, professores, funcionários e gestores educacionais. Essas instâncias são o Conselho Escolar, Conselho de Classe, Associação de Pais, Mestres e Funcionários e Grêmio Estudantil.
O Conselho Escolar (ou Conselho de Escola) é responsável pela tomada de decisões que tem que ver com a instituição escolar. Esse conselho é constituído de forma democrática, por meio de votação. Membros da comunidade escolar candidatam-se e concorrem, assim, democraticamente. Esse conselho assume também um caráter fiscalizador, no sentido de acompanhar a gestão pedagógica, administrativa e financeira da unidade escolar. Uma atribuição muito importante desse conselho é a de aprovar ou reprovar o Projeto Político Pedagógico da unidade escolar, que é um documento de grande importância, na verdade, de valor máximo dentro da unidade de ensino.
O Conselho de Classe é aquele colegiado que acompanha o desenvolvimento dos estudantes, no processo de ensino e de aprendizagem, durante todo o ano letivo. Ele é composto por professores, gestores educacionais, alunos e pais/responsáveis de alunos. Tem caráter consultivo e deliberativo, avaliando e deliberando assim sobre questões como metodologias de ensino, escolha de conteúdos curriculares, critérios de avaliação, dentre outras.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários tem um papel muito relevante na comunidade escolar que é contribuir para integrar os segmentos escolares, promovendo assim o diálogo. O Diretor da unidade de ensino deve ser o seu presidente nato. Essa associação deve ser composta por representantes de todos esses segmentos: pais/responsáveis, professores e funcionários.
Por fim, há também o Grêmio Estudantil que é a única instância composta por estudantes, e cuja composição se dá também por eleição. Essa organização é liderada e constituída exclusivamente por estudantes, mas o gestor escolar e outras instâncias da gestão educacional podem e devem promover o Grêmio Estudantil, e incentivar a participação nele. Isso contribui para tornar democrático o Grêmio. As atribuições desse colegiado incluem a manutenção de rádio, jornal escolar e outros meios de comunicação com a comunidade escolar, além de outras atividades.
segunda-feira, 2 de outubro de 2023
Escolas de interpretação escatológica
Existem três linhas ou escolas de interpretação
da doutrina das últimas coisas que são comumente estudadas entre
os evangélicos. É interessante notar que embora o século XX tenha presenciado
um crescente interesse pela Escatologia Bíblica, já antes, na Idade Média,
muitos conceitos escatológicos que hoje se professam, já eram aceitos pelos
cristãos daquela época.
Os cinco primeiros séculos da Igreja não
se caracterizaram por uma dogmatização de uma doutrina escatológica, mas isso
não significa dizer que os primeiros cristãos não cultivassem esperanças
escatológicas. A própria Igreja primitiva aguardava para os seus dias a vinda
de Jesus (cf. 2 Ts 2.1[1]).
Com o passar do tempo, os conceitos escatológicos foram sendo amadurecidos na Teologia cristã, ainda que sem um consenso maior. E assim firmaram-se escolas escatológicas, sobre algumas das quais discorreremos a seguir.
Amilenismo (ou
Amilenarismo)
Os teólogos amilenistas, dentre eles
L. Berkhof, conhecido pela Teologia Sistemática que escreveu, entendem que não
haverá nenhum período literal de mil anos em que Cristo reinará sobre a Terra
como Rei, seja antes ou depois de Sua Segunda Vinda. Eles espiritualizam boa
parte das passagens futuríveis da Bíblia.
A palavra “amilenismo” significa
“não milenismo”, ou “não milênio”. De modo objetivo, destacam-se a seguir os
postulados defendidos pelos escatólogos dessa linha de interpretação
escatológica:
- Creem na Segunda Vinda de Jesus
como um evento único, não havendo, portanto, duas fases distintas, como
ensina o Pré-milenismo;
- O milênio é entendido por eles como
sendo o Reino de Deus na Terra de forma espiritual, o qual, embora
invisível (mas real) foi inaugurado por ocasião da primeira vinda do
Senhor Jesus como o Verbo que se fez carne. Assim, esse reino continua
existindo espiritualmente e perdurará até a Segunda Vinda de Jesus. Ao
vencer na cruz, Jesus teria limitado a atuação de Satanás no sentido de
enganar as nações;
- Os “mil anos”, mencionados seis
vezes em Apocalipse 20.1-7, são, na verdade, um período simbólico, não
exato, e representam a era presente da Igreja, que é um período
indefinido, que durará até a Segunda Vinda de Jesus;
- A Tribulação para eles não será um
período literal de sete anos, quando Deus derramará sobre este mundo
diversos flagelos, mas é algo que experimentamos agora, na vida presente;
- Os amilenistas entendem que haverá
apenas uma ressurreição geral por ocasião da Segunda Vinda de Jesus, que
será para justos e injustos;
- O Juízo final será, portanto, para
justos e injustos, e é nessa ocasião que ambos ressuscitarão. Os justos
não serão condenados, ao passo que os injustos sim. A seguir, os salvos
adentrarão ao Novo Céu e à Nova Terra.
O gráfico a seguir é um ótimo
recurso para facilitar a compreensão da posição amilenista:
Pós-Milenismo (ou Pós-Milenarismo)
O pós-milenismo conta com teólogos como Charles Hodge e A. H. Strong, também muito conhecidos no Brasil pelas suas Teologias Sistemáticas. É um sistema muito similar ao anterior.
O prefixo “pós” significa “após”, o
que significa dizer que “pós-milenismo”, grosso modo, é o mesmo que “após o milênio".
A seguir, pontos centrais defendidos pelo Pós-milenismo:
1.
Cristo
regressará após o Milênio;
2.
Acredita
que o Milênio descrito nas Escrituras é simbólico, apontando para a influência
benéfica do evangelho sobre as pessoas em todo o mundo. Para o Pós-milenismo, o
Milênio é um período indefinido, que perdurará até a Segunda Vinda de Jesus
(que acontecerá também em uma só etapa);
3.
Assim
como o Amilenismo, o Pós-milenismo entende que Satanás foi aprisionado quando
Cristo morreu na cruz e que o anjo que o prendeu, mencionado em Apocalipse 20.1
é, na verdade, o próprio Cristo;
4.
Quanto
à ressurreição, ao Juízo Final e ao Estado Eterno, as duas posições – Amilenismo
e Pós-milenismo – assumem, em geral, a mesma postura.
O gráfico a seguir nos ajudará a
compreender esta linha de interpretação escatológica:
Pré-Milenismo (ou
Pré-Milenarismo)
O Pré-milenismo se distingue muito
quanto às duas escolas anteriores. Apresenta mais detalhes relativos aos
eventos finais. Ele não é uniforme, uma vez que coexistem dentro desta mesma
linha de interpretação diferentes abordagens.
O Pré-milenismo se divide em Pré-milenismo
histórico e Pré-milenismo dispensacionalista. A posição deste
trabalho de Escatologia é pré-milenista dispensacionalista (ou pré-milenismo pré-tribulacionista).
O prefixo “pré” significa “antes”. O
Pré-milenismo ensina que Cristo retornará antes do Milênio. C. I. Scofield,
escatólogo cuja Bíblia de estudo tornou-se muito conhecida no Brasil, a Scofield Reference Bible, ou Bíblia de Referência
Scofield, defende esta posição e contribuiu para difundir o
Dispensacionalismo em nosso país.
Os dispensacionalistas entendem que
a Bíblia faria alusão a sete dispensações, daí o termo “Dispensacionalismo”.
Scofield afirma: “Uma dispensação é um período de tempo durante o qual o homem
é posto à prova em sua obediência a certa revelação específica da vontade de
Deus”.
Uma característica notória do
Dispensacionalismo é a distinção que ele faz entre a Igreja e Israel, distinção
que não deve ser confundida com preferência. A seguir, pontos principais defendidos
pelo Pré-milenismo dispensacionalista:
- Crê na Segunda Vinda de Jesus em
duas fases distintas, antes do Milênio;
- Acredita num período literal de
terrível tribulação sobre a Terra – a Grande Tribulação –, que durará sete
anos;
- Distingue o julgamento da Igreja do
julgamento dos ímpios;
- Entende que a ressurreição dos
justos ocorrerá por ocasião do Arrebatamento e que a ressurreição dos
ímpios só acontecerá após o Milênio, no Juízo Final (essas ressurreições
estão, então, separadas por um período de mais de mil anos;
- Entende que o Milênio é um período
literal – mil anos literais – em que Cristo reinará sobre a Terra, dando
cumprimento a profecias bíblicas do Antigo e do Novo Testamentos.
Mais uma vez, o recurso gráfico com vistas a auxiliar na compreensão do Pré-milenismo dispensacionalista:
No
decorrer deste livro, mais detalhes serão apresentados sobre os eventos
escatológicos tal como entendidos pela Escatologia pré-milenista. Alguém já
afirmou que os pré-milenistas fazem “uma “cirurgia textual” nas Escrituras, de
acordo com o quadro já pré-desenhado por eles”.[2] Os pré-milenistas, no
entanto, a isso respondem afirmando que a Bíblia oferece uma grande riqueza de
detalhes sobre os eventos finais, permitindo reconhecer, definir e delimitar
cada evento escatológico, fazendo assim uma exegese e não uma eisegese do texto bíblico.
Entende-se que, conquanto Deus não
tenha descortinado tudo que seja
relacionado ao futuro, revelou, em Sua Palavra, o necessário e nos faz cientes dos eventos que hão de ocorrer em
breve. De fato, as profecias da Bíblia se cumprem diante dos nossos olhos.
O grande risco que se corre quanto à
Escatologia Bíblica, bem como em relação a qualquer outra doutrina bíblica, é o
de querer ir além do que está disponível nas Escrituras Sagradas, formando uma
“teologia unicamente especulativa”, que mais traz confusão do que edificação. O
conselho de Paulo aos coríntios é, assim, recordado: “não ultrapasseis o que está escrito” (1 Co 4.6).
A Escatologia Bíblica é motivo de conforto e alegria para a Igreja, e de temor e tremor, haja vista revelar fatos relativos ao juízo de Deus que há de ser derramado sobre a humanidade caída. Por isso, apeguemo-nos à infalível Palavra de Deus e creiamos em suas verdades eternas, fiéis e imutáveis, e “guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel” (Hb 10.23), “porque ainda um poucochinho de tempo, e o que há de vir virá e não tardará” (Hb 10.37).
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