Por Roney Cozzer
Ontem, numa formação de professores, a nossa formadora pediu que fizéssemos um desenho de algo que nos remetesse à nossa adolescência. Uma dinâmica muito interessante! Não precisei pensar muito e o desenho que escolhi foi esse que você pode ver na foto.
Comecei a datilografar aos 11 anos (hoje tenho 41). Meus pais, Cleuzeni e Sebastião, pagaram o curso para mim na época. Fiquei pensando no poder extraordinário dos pequenos gestos. Meus pais não sabiam à época... não tinham como saber. E eu muito menos. Mas seu gesto de pagar um curso de datilografia para mim e depois de me presentear com a minha primeira máquina de escrever, uma Olivetti, tipo essa mesma do desenho, representou o início da carreira de um professor, de um conteudista para o ensino superior e para a educação básica, de um mestre e doutorando...
Essa competência adquirida já na adolescência vem me sendo útil, sobremodo útil ao longo de todos esses anos, já que toda a minha atividade como teólogo, professor, coordenador pedagógico, autor de livros e artigos e conteudista depende do ato de escrever usando um teclado de computador, no qual a posição das teclas com suas respectivas letras é a mesma de uma máquina de datilografar.
Pensar nisso me inspira a continuar investindo em minha filha, a prosseguir mantendo o hábito de conversar com meus alunos ao final de uma aula, procurando incentivá-los a estudar e a pensar numa carreira, e também a seguir dando o meu melhor naquilo que faço, cônscio de que pequenos gestos, hoje, podem refletir de modo muito positivo na vida de uma pessoa anos a frente. Suspeito que os pequenos gestos têm um impacto maior que pensamos...
Instagram: @professorroneycozzer
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